Covid-19. Cotrim de Figueiredo rejeita ser incluído em grupo prioritário de vacinação
João Cotrim Figueiredo pretende ceder a vacina “a um profissional de saúde do sector social, privado ou público que não tenha ainda sido vacinado”
João Cotrim Figueiredo pretende ceder a vacina “a um profissional de saúde do sector social, privado ou público que não tenha ainda sido vacinado”
Jornalista
O deputado da Iniciativa Liberal (IL) anunciou esta terça-feira que não pretende ser incluído em grupos prioritários na vacinação contra a covid-19. Numa carta enviada ao presidente da Assembleia da República, João Cotrim de Figueiredo sugeriu que a sua vacina fosse administrada a um profissional de saúde que ainda não tenha sido vacinado.
"Venho informar V.Exa. de que não pretendo ser incluído em qualquer grupo prioritário e de que, desde, já cedo a vacina que me pudesse vir a ser reservada a um profissional de saúde do sector social, privado ou público que não tenha ainda sido vacinado", escreveu o líder dos liberais na missiva enviada a Ferro Rodrigues.
Em causa está a notícia avançada esta terça-feira pelo "Diário de Notícias" que dá conta de que o Governo enviou um despacho à Presidência da Assembleia da República para que esta indicasse as pessoas que deveriam ser prioritárias no Parlamento no acesso à vacinação contra o novo coronavírus.
Ao Expresso, João Cotrim de Figueiredo diz que a IL tem insistido que os critérios de vacinação têm uma "componente técnica importante", que deve privilegiar os que estão envolvidos no "combate direto à pandemia", sendo uma responsabilidade da Comissão Técnica de Vacinação. "Não cremos que os deputados, podendo ser substituídos, se enquadrem nestes critérios", defende o deputado único.
Na sexta-feira, André Ventura criticou também o facto de os políticos passarem a ter prioridade no acesso à vacina contra a covid-19, prometendo ser o "último português a vacinar-se".
De acordo com um despacho, emitido na segunda-feira pelo primeiro-ministro e a que o Diário de Notícias (DN) teve acesso, os titulares de órgãos de soberania, deputados, funcionários da Assembleia da República, membros dos órgãos das Regiões Autónomas e presidentes de câmara, enquanto responsáveis da proteção civil, vão começar a ser vacinados na próxima semana.
Segundo a mesma notícia, também a Provedora de Justiça, os membros do Conselho de Estado e a magistratura do Ministério Público vão começar a ser vacinados na próxima semana. O primeiro-ministro, António Costa, terá já enviado as "cartas aos órgãos de soberania para que estabeleçam as prioridades para inoculação em cada um dos serviços".
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