Coronavírus

Rede de oxigénio do Amadora-Sintra está estabilizada, 53 doentes foram transferidos

Rede de oxigénio do Amadora-Sintra está estabilizada, 53 doentes foram transferidos
Ana Baião

Os constrangimentos naquela rede, que não tiveram a ver com escassez mas sim com a manutenção da pressão, levaram à transferência de 53 pacientes para outros hospitais da região de Lisboa, "com vista a garantir a diminuição do número de doentes internados a quem é necessário administrar oxigénio em alto débito"

A rede de oxigénio do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), ou Amadora-Sintra, "encontra-se a funcionar de forma estabilizada e dentro de padrões de segurança", indica aquela unidade hospitalar numa nota enviada às redações.

O HFF informa que mantém a monitorização permamente do fluxo de oxigénio. Os constrangimentos naquela rede, que não tiveram a ver com escassez mas sim com a manutenção da pressão, levaram à transferência de 53 pacientes para outros hospitais da região de Lisboa, "com vista a garantir a diminuição do número de doentes internados a quem é necessário administrar oxigénio em alto débito".

O HFF insiste que a segurança dos doentes hospitalizados "não está" nem "nunca esteve" em causa. Mais: "De igual modo, em momento algum os doentes internados estiveram em perigo devido a esta ocorrência, tendo as flutuações da rede sido colmatadas com recurso a garrafas de oxigénio, envolvendo a mobilização de vários profissionais, cujo esforço se enaltece e agradece publicamente".

Na mesma nota, o HFF agradece publicamente "a solidariedade dos hospitais que receberam os doentes" transferidos. O agradecimento estende-se aos bombeiros, INEM e empresas privadas "que permitiram transferir os doentes num tempo relativamente curto".

O HFF, o hospital da região de Lisboa com mais doentes covid-19 internados (363 na terça-feira, um aumento de 400% desde 1 de janeiro), deverá transferir mais 19 doentes esta quarta-feira, neste caso para o Hospital da Luz, segundo a SIC Notícias.

Este hospital é abastecido por um tanque de 30 metros cúbicos de oxigénio e colocou em marcha na quinta-feira a construção de um novo tanque. Na quarta-feira passada, 20 de janeiro, a mesma unidade hospitalar informou ainda que estava a proceder a um reforço da rede de gases medicinais que serve “as áreas das enfermarias, serviços de urgência, unidades de cuidados intensivos, entre outras”. Isto é, foi instalada uma nova rede na Torre Amadora para dar músculo à rede já existente. Também na Torre Sintra, dizia a nota dessa quarta-feira (20), estava já em curso a “instalação de uma rede redundante” para reforçar a rede de gases medicinais já existente.

Mais: foi confirmada a instalação de um tanque de oxigénio para dar resposta “em exclusivo" à Área Dedicada a Doentes Respiratórios do Serviço de Urgência, com uma capacidade cinco metros cúbicos, que ficará independente da rede principal do hospital. Estas medidas visavam “duplicar a autonomia” do hospital.

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