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Quatro perguntas e respostas sobre o regresso das aulas virtuais

Quatro perguntas e respostas sobre o regresso das aulas virtuais
Lucília Monteiro

O que muda no calendário escolar na sequência da interrupção forçada das aulas? O ensino à distância vai ser diferente em relação ao ano passado? E o problema da falta dos computadores, resolve-se? A telescola continua a funcionar? As respostas do Expresso, a dias do regresso escolar

Quatro perguntas e respostas sobre o regresso das aulas virtuais

Isabel Leiria

Jornalista

O que muda no calendário escolar na sequência da interrupção forçada das aulas?

Os 11 dias de pausa letiva determinados pelo Governo para o período de 19 de janeiro a 5 de fevereiro vão ser compensados em três momentos diferentes que deixam de ser de pausa. Assim, os alunos passam a ter aulas (à distância ou presencial, consoante a evolução da pandemia) no período do Carnaval (15 a 17 de dezembro), da Páscoa (25, 26 de março e 5 de abril) e numa semana após o que seria o final do ano letivo, em junho, mas que varia consoante o nível de ensino. Com estas alterações no final do 3º período, o Ministério admite mudar o calendário de provas e exames. A decisão será conhecida até 12 de fevereiro.

O ensino à distância vai ser diferente em relação ao ano passado?

Para já, espera-se que o fecho das escolas não seja tão prolongado quanto foi em 2020 – de 16 de março até ao final do ano letivo, com exceção dos alunos do 11º e 12 que ainda regressaram em maio. E a experiência tida no ano passado permitirá corrigir erros passados, como um excesso de aulas online. O Ministério da Educação enviou esta semana orientações às escolas para este período de ensino à distância — para já de duas semanas, embora o mais provável é que venha a ser prolongado, pelo menos para os alunos mais velhos —, lembrando que deverá haver um equilíbrio “entre atividades síncronas e assíncronas”. Ou seja, o horário letivo semanal é para cumprir, mas não deve estar concentrado em horas passadas em frente ao ecrã e deve ser adaptado em função dos níveis de ensino e características das turmas.

E o problema da falta dos computadores?

No 1º período foram entregues 100 mil computadores aos alunos mais carenciados do ensino secundário, mas os restantes estudantes continuam à espera da prometida entrega. Até 25 de março devem chegar às escolas mais 335 mil portáteis para serem emprestados, desta vez com prioridade aos beneficiários da ação social escolar do ensino básico. Entretanto, várias autarquias, como a de Gaia ou de Cascais e outras, procederam à compra de milhares de computadores e tablets para os estudantes dos seus municípios. Estes equipamentos são essenciais para o ensino a distância, tal como o acesso à Internet, mas não só. Os mais novos, sobretudo, vão precisar da ajuda dos pais, muitos em teletrabalho, obrigados a dividir a atenção entre a atividade profissional e o apoio aos filhos.

A telescola continua a funcionar?

Sim. As aulas do #estudoemcasa continuam a dar nos dias úteis na RTP Memória e estão disponíveis na RTP Play e na aplicação. Este ano letivo, passaram a estar disponíveis na RTP Play conteúdos para o ensino secundário.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ILeiria@expresso.impresa.pt

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