O ministro do Fomento espanhol, José Luis Ábalos, já reagiu esta segunda-feira à condenação dos independentistas catalães a penas de prisão entre 9 e 13 anos, garantindo que o Governo não tenciona conceder indultos. “Não tenciono em absoluto falar sobre indultos e o Governo não tem essa vontade”, declarou José Luis Ábalos pouco depois da leitura da sentença por parte do Supremo Tribunal espanhol.
Segundo o número três do executivo espanhol, a amnistia não é uma “figura aplicável em situação de normalidade”. “Não há nenhuma excecionalidade. Isso seria contrário ao sentido da sentença que detalha a responsabilidade de maneira pessoal”, acrescentou.
Afirmando que irá defender a sentença a nível interno e externo, José Luis Ábalos explicou que o Governo irá apelar aos líderes da oposição para defenderem a mesma posição, insistindo na necessidade de união nacional. “A sentença apela à responsabilidade dos independentistas catalães e mostra que o Estado de Direito em Espanha funciona e que a Justiça atua com moderação e rigor. Se há coisa que esta decisão judicial fez foi tornar as coisas mais claras e mostrou também que devemos aproveitar isso para inaugurar uma nova etapa.”
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que irá fazer uma declaração ao país ainda durante a manhã. Entretanto, milhares de universitários catalães faltaram às aulas esta manhã e saíram para as ruas de Barcelona em jeito de protesto contra a decisão do Supremo Tribunal. Outros manifestantes juntaram-se também nas Ramblas em protesto enchendo algumas das principais artérias da cidade, segundo os jornais espanhóis.
Esta segunda-feira, o Supremo Tribunal espanhol condenou os nove líderes catalães na sequência processo de proclamação de independência. O antigo vice-presidente do governo catalão, Oriol Junqueras, foi condenado a 13 anos pelo crime de sedição e peculato, enquanto a ex-presidente do Parlamento, Carme Forcadell, foi condenada a 11 anos e meio pelo crime de sedição.
Já os líderes da Assembleia Nacional Catalã e da associação Òmnium, Jordi Sànchez e Jordi Cuixart, foram condenados a nove anos de prisão, respetivamente, devido ao mesmo crime.
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