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PCP atrás do PAN nas sondagens. Posição sobre Ucrânia pode dificultar conquista de novos eleitores, diz polítólogo

PCP atrás do PAN nas sondagens. Posição sobre Ucrânia pode dificultar conquista de novos eleitores, diz polítólogo
PAULO CUNHA/LUSA

A mais recente sondagem, divulgada na passada sexta-feira, colocou o PCP com menos votos que o PAN e apenas à frente de Livre e CDS (1,1%). “Não se deve concluir nada de definitivo sobre este resultado”, alerta o investigador Nelson Santos. Posição isolada em relação à Ucrânia terá tido “pouco impacto” na queda, mas não ajuda na conquista de novo eleitorado

A maioria absoluta socialista foi uma das maiores razões para o emagrecimento das bancadas parlamentares da esquerda. De 2019 para 2022, o PCP perdeu metade dos assentos parlamentares passando a contar apenas com seis deputados. A nova liderança de Paulo Raimundo – que sucedeu a Jerónimo de Sousa em novembro do ano passado – poderia ter dado um novo fôlego ao partido, mas as sondagens mantêm os comunistas nos últimos lugares da tabela. Com um Bloco de Esquerda (8%) a descolar, o PCP (3,2%) surgiu pela primeira vez com menos votos que o PAN (3,8%), na sondagem da Aximage para o DN, TSF e JN, divulgada na passada sexta-feira. “Não se deve concluir nada de definitivo sobre este resultado”, disse ao Expresso o investigador do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa Nelson Santos. Contudo, é “facto” que o PCP tem vindo a “perder gradualmente apoio eleitoral” e tem-se mostrado “incapaz” de captar votos além dos seus militantes. Até à hora da publicação, o partido apenas adiantou ao Expresso que “não comenta sondagens”.

Com apenas mais votos que Livre (2,7%) e CDS (1,1%) – que perdeu assento parlamentar em 2022 –, o PCP é ultrapassado pelo PAN (3,2%), IL (5,2%) e Bloco (8%). O Chega mantém-se como terceira força política com 13%. Na liderança, o PS (28,8%) surge ligeiramente à frente do PSD (27,7%), mas há um “empate técnico” se for considerado a margem de erro. “Não é a primeira vez este ano que o PCP surge com níveis semelhantes [à sondagem da passada sexta-feira] nas intenções de votos, subindo umas vezes, descendo outras”, explicou Nelson Santos que tem acompanhado as variações de voto do partido. Contudo, é possível identificar uma “tendência de declínio” entre o eleitorado comunista.

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