Recordo-me do prazer que era lecionar há cerca de 25/30 anos no Externato Atlântico. Turmas de 30 alunos sentados, aprumados, bem vestidos, em silêncio, ouvindo e anotando as regras da sala de aula que o professor lhes dizia. Podia-se ouvir o mar dentro das salas de aula. Durante as aulas, atenção máxima, o professor permitia-se aprofundar conhecimentos motivando e despertando a curiosidade e imaginação. As matérias eram significativas e interessantes. Havia burburinho saudável: era o fervilhar da curiosidade dos alunos. Havia uma espécie de magia, de encanto, de beleza, as sereias do mar assistiam. Verdadeiro ensino. O mal foi ter-se permitido a entrada de de telemóveis na sala de aula sob o argumento de que são "próteses", deixar entrar não profissionalizados e descurar a disciplina.